Palestra comandada por Luciano Meira, tratou como a inovação tecnológica pode ser uma aliada na transformação digital e na melhoria da educação nas escolas
No seu último dia, a XIX edição do Congresso Internacional de Tecnologia na Educação (CITE), trouxe o professor e Ph.D em Educação Matemática pela University of California at Berkeley, Luciano Meira, para falar sobre o “Panorama Educacional: Cenários, Experiências, Pessoas e Redes” e trazer a sua visão sobre a empregabilidade de novas tecnologias nas salas de aulas e como usá-las em favor da educação e do ensino básico.
Mestre em psicologia cognitiva e bacharel em pedagogia, Luciano atua como professor adjunto de psicologia na Universidade Federal de Pernambuco, professor colaborador da Cesar School (Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife) e Coordenador de Ciência e Inovação da Joy / PROZ Educação, uma empresa de tecnologias educacionais lúdicas, da qual é sócio-fundador. “Nosso objetivo aqui hoje foi discutirmos as práticas, processos e estratégias de transformação do ensino básico através da inovação, inclusive a inovação tecnológica e digital, mas principalmente formas de como professores, gestores escolares, gestores de rede podem trabalhar a questão da qualidade e da excelência do ensino básico na própria sala de aula”, afirmou o professor Ph.D.
Para sua palestra, Luciano Meira, trouxe um maior foco na chamada Educação de Qualidade, que também é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, ODS. “Nossa discussão está muito em cima do objetivo 4 que é assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. Então, para se falar em qualidade da educação básica, a gente tem que pontuar, primeiramente, para onde a gente deseja seguir, quando a gente quer fazer reformar ou transformar do ensino básico do ponto de vista de excelência e qualidade”, e complementa. “A transformação digital é isso, é uma reflexão sobre como a gente pensa os fluxos de aprendizagem, os cenários de aprendizagem, as pessoas e as redes que fazem parte desse emaranhado”, diz Meira.
Luciano também falou sobre as dificuldades que as gestões e os professores enfrentam com a nova realidade tecnológica nas salas de aulas, com alunos cada vez mais nascidos e ligados no mundo digital, mesmo que esses jovens estejam despreparados para essa realidade, e como usar isso a favor da educação. “Mergulhar os jovens verdadeiramente numa cultura digital transformadora, que não é, obviamente, apenas saber usar o WhatsApp, mas saber transitar, por exemplo, entre redes sociais de maneira produtiva, coisa que hoje não existe, é o objetivo. A gente acha que o nativo digital sabe tudo sobre cultura digital, e não é verdade. Aliás, um percentual considerável dos jovens, as pesquisas mostram, não conseguem, ao usar as redes sociais, diferenciar fato de fake. Isso já diz muita coisa sobre como é muito difícil utilizar os algoritmos das redes sociais para usar de fato essas redes de maneira produtiva”, afirma o professor.
Em outro momento de sua palestra, Luciano Meira, afirmou que a educação profissionalizante no Brasil, mesmo estando muito atrás de outros países da América Latina, é algo importante na hora de se pensar em educação para o futuro dos jovens. “Eu cito a educação profissional aqui, não só porque estou o Senac, que possui programas de educação, profissional e técnicos de excelência, mas também por considerar que essa é uma forma de colocar mais sentido e propósito na formação refugar, do ensino médio pelo menos, mas também porque essa é a primeira aproximação do jovem com o mundo do trabalho. E isso é essencial para a formação do cidadão.” finalizou Meira.