Tudo na gente é uma construção incluindo a educação, afirma Viviane Louro

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    Tudo na gente é uma construção, incluindo a educação, afirma Viviane Louro

    Tudo na gente é uma construção incluindo a educação, afirma Viviane Louro

    Para a doutora em neurociência que palestrou nesta quinta-feira (21), sobre a neuroeducação e ensino, o professor acaba moldando os cérebros dos seus alunos de acordo com as vivências

    Com o tema “O Educador é um Escultor de Cérebros: A Neuroeducação como Ferramenta de Ensino”, Viviane Louro, pianista, educadora e neurocientista, autora de livros que abordam a aplicação da neurociência na educação, palestrou na manhã desta quinta-feira (21), na XXI edição do Congresso Internacional de Tecnologia na Educação (CITE), no auditório da Faculdade Senac no Recife, onde tratou temas como autismo, cognição e comportamento humano.

    Para a doutora em neurociência, que também é docente da Universidade Federal de Pernambuco, onde, atualmente, é coordenadora do curso de Licenciatura em Música, do projeto de extensão em saúde mental ProBem do CAC e da Liga Acadêmica de Neurociências Aplicadas, achar que o aprendizado está ligado apenas com a questão cognitiva é um equívoco.

    Ainda segundo Viviane, os professores não podem botar pressão em seus alunos para aprenderem mais e mais, pois esse ato pode gerar possíveis travas e danos psicológicos nesse aluno que podem prejudicá-lo futuramente em outras áreas de sua vida. A pesquisadora afirma que devemos, enquanto professores, entender e buscar novas maneiras de lidar com as limitações de cada aluno. “Nossa compreensão comum é que a pessoa vai estudar, ela vai aprender, eu vou explicar, ela vai aprender mais ainda. Só que a gente ignora todas essas coisas que são do nosso inconsciente e que são primitivas e automáticas, e que não temos controle. Quando eu digo que tudo é social, eu digo que o social vai acontecendo e com ele, o nosso cérebro vai sendo moldado”, complementa Viviane Loure.

    “Não existe aprendizado sem comportamento. Porque, para a neurociência, inclusive, o aprendizado é um tipo de comportamento. Tudo que fazemos é comportamento. E melhor, para a própria neurociência, tudo ao nosso redor é comportamento. O meu pensamento, a minha interação com o mundo, o meu jeito de entender o mundo se comporta de uma forma diferente das outras pessoas, entendeu? Então, o próprio pensamento já tem um comportamento”. Conclui a pesquisadora.

    Para Izekilene Santos, professora do fundamental um e participante do CITE, a palestra mostrou que os professores precisam entender ainda mais os seus alunos e aprender a lidar com cada situação. “Essa foi uma oportunidade de aprender e se preparar para o que pode ocorrer em sala de aula, onde a gente tem enfrentado as dificuldades do dia a dia. A palestra nos incentiva a compreender mais sobre a relação do aprendizado com a neurociência, que nos mostra que tudo tem uma ligação e é papel do professor entender como se dá esse caminho do aprendizado e como funciona esse processo em uma criança”, afirma a professora.

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