Último dia de atividades contou com oficinas nas áreas de gastronomia e design thinking
O Senac Pernambuco encerrou sua participação no REC ‘n’ Play 2023, o maior festival de tecnologia, inovação e empreendedorismo do Nordeste, com uma programação diversificada de oficinas e rodas de conversa. No último dia do evento, no sábado (21), os participantes puderam aprender sobre fotografia pinhole, cafés especiais, drinks, frutas raras e até design thinking.
Para o diretor Regional do Senac Pernambuco, Regivan Dantas, a participação do Senac no REC ‘n’ Play tem um significado muito importante. “Tivemos a oportunidade de trazer para a unidade embarcada no Porto Digital todas as atividades que o Senac trabalha nas escolas, desde o programa de aprendizagem, passando pelo Mediotec e também a faculdade. É uma oportunidade para que o público conheça um pouco mais da instituição”, afirmou o diretor.
Uma das oficinas mais disputadas do sábado (21) foi a que abordou fotografia pinhole. Durante a atividade, os participantes puderam explorar a fotografia analógica, construindo suas próprias câmeras artesanais e revelando imagens de maneira totalmente independente. Materiais como latas de leite, papel alumínio, fita e cartolina foram utilizados para construir as câmeras. “É uma construção empírica que não é tão imediata quanto digital, que demanda paciência, que demanda esse olhar mais preciso na captura da imagem”, afirmou Elvio Luiz, professor do curso de Fotografia do Senac Pernambuco.
Em outra oficina, focada em cafés especiais, os participantes mergulharam no mundo dos sabores sofisticados e nos métodos de extração que realçam os aromas e a riqueza nutricional dessa bebida tão consumida pelos brasileiros. Durante o encontro, os participantes puderam degustar três tipos de cafés, cada um passado num método diferente. “Utilizamos dois métodos: a prensa francesa, mundialmente conhecida, e o método simbólico pernambucano, que é o coar”, explicou George Luiz, instrutor do curso de barista do Senac Pernambuco. Durante a oficina, os participantes puderam degustar três tipos de cafés, cada um passado num método diferente, para eles conseguirem analisar aí a diferença entre os métodos.
Outra oficina na área de gastronomia foi dedicada a drinks, concentrando-se em técnicas contemporâneas de mixologia. Inácio Belo, instrutor do curso de Garçom do Senac Pernambuco, guiou os participantes na criação de quatro receitas autorais. “Na primeira a gente trabalhou com defumação. Na segunda, fizemos uma esferificação de maçã verde com limão. Na terceira receita, a gente trabalhou com espuma e com a flor combustível. E na última, a gente trabalhou com papel de arroz”, explicou Inácio. No final, um integrante da plateia foi chamado para criar uma receita própria.
Ainda na área da gastronomia, quem passou pela unidade do Senac no Porto Digital pôde participar também de uma roda de conversa sobre frutas raras, cada vez mais difíceis de serem achadas no Nordeste brasileiro. São as chamadas frutas perdidiças, como é o caso da mangaba e do araçá. “A ideia foi tentar resgatar a memória e saberes de algumas frutas que eram mais utilizadas no passado e que hoje em dia estão começando a sumir do mercado”, explicou Demetrius Brito, professor do curso de Gastronomia da Faculdade Senac. Participaram da roda de conversa, de forma remota, Roneide Gonzaga, do Senac Petrolina, e Marta Aguiar, do Senac Aracaju. Elas fazem parte do Observatório do Patrimônio Gastronômico do Nordeste (OPANES).
No final da roda de conversa, foi oferecido um doce de mangada a todos os participantes. O doce foi produzido por dona Mara, de 76 anos, que saiu de Tamandaré, no Litoral Sul de Pernambuco, especialmente para participar do evento no Senac Porto Digital. “Criei meus filhos todinhos fazendo o doce. Antigamente tinha muito, agora tem pouco. Hoje em dia está mais difícil. Mas assim mesmo ainda saio catando”, afirmou dona Mara, que se sentiu orgulhosa em participar do evento ao lado da filha Edjane, aluna egressa do curso de Gastronomia da Faculdade Senac.
A programação do Senac no REC ‘n’ Play chegou ao fim com a oficina “Fábrica de Ideias: da Prototipação a Ação”. Durante o encontro, os participantes puderam conhecer o processo de criatividade e ação por meio do design thinking, explorando a transformação de ideias em produtos viáveis e o lançamento deles no mercado, com ênfase nos princípios do marketing. “A gente exercitou o processo de prototipagem à ação, quando você pega a sua ideia, transforma ela no MVP (Produto Mínimo Viável) e a coloca no mercado utilizando os quatro P’s do marketing”, explicou a designer Gisele Araújo, responsável pela oficina.
