“Tecnologia Educacional e Competências dos Docentes no Século XXI” foi o tema do segundo e último dia (21) do Seminário de Educação Profissional Técnica e Tecnológica, uma das novidades deste ano do XVI CITE. No Teatro Brum, os educadores Antônio Kuller (SP) e Jarbas Novelino (SP) foram os destaques da mesa redonda.
Pedagogo (UNESP), pós-graduado em Psicologia da Educação (PUC/SP), José Antonio Kuller, fez uma abordagem sobre modelo de desenvolvimento de competências e metodologias que pode ser aplicado para educadores, e estes utilizarem junto aos alunos. Ele começou por definir competência: “trata-se de uma ação/fazer obrservável, potencialmente criativo, que integra conhecimentos, habilidades e atitudes e permite desenvolvimento contínuo”. Kuller é incisivo ao dizer que ninguém é absolutamente competente. “Não há um saber absoluto. Qualquer competência precisa sempre estar aprendendo algo novo. E não se desenvolve uma competência sem o exercício dela, o que significa que é necessário criar situações pra o desenvolvimento continuado”.
Kuller propõe uma metodologia de desenvolvimento de competências que permitem a utilização de recursos tecnológicos e processos educacionais e comenta sobre as competências dos docentes do Século 21. “O professor pode usar filmes, dramatizações, poesia, projetos, estudos de caso, conjunto de procedimentos e técnicas pedagógicas, dinâmicas de grupo. A troca de experiências produzidas permitem usar tecnologias e instrumentos, a exemplo da utilização de jogos. Há muitas possibilidades de usar toda tecnologia disponível”.
Na sequencia, o doutor em Educação pela Universidade Estadual de Campinas e professor Adjunto da Universidade Sâo Judas Tadeu, Jarbas Novelino, falou que o educador precisa ter base, fundamentos, e que o excesso de informação advindo da internet cria uma confusão mental, prejudicando a aprendizagem. “Em qualquer área de aprendizagem existem erros comuns. O professor precisa criar ambientes que favoreçam aprendizagem”. Jarbas ressalta que as escolas não prezam pela autenticidade, nem estimulam os alunos a serem autênticos naquilo que fazem. Fora da escola o conhecimento é compartilhado, mas os professores são meros preparadores para os alunos passarem no Enem. Ele sugere que uma forma de estimular a criatividade é através de microcontos, onde é possível criar pequenas histórias a partir de imagens e ilustrações. “Os docentes podem se utilizar dessa técnica para despertar a imaginação, e isso pode ser aplicado em qualquer disciplina, basta se adequar ao contexto”.