E foi literalmente massa a nossa Semana da Gastronomia Italiana, na última sexta-feira (18/11). “Convívio, Sustentabilidade e Inovação: os Ingredientes da Cozinha Italiana para a Saúde das Pessoas e Prevenção do Planeta”, foi o tema do evento da Faculdade Senac, que integrou a programação mundial a convite do Consulado Italiano. Na programação, palestra sobre a temática e oficinas de mozzarella, gnocchi e pizza, com chefs italianos à frente de restaurantes e empresas pernambucanas, além de apresentação musical do professor e coordenador dos cursos de TI da Faculdade Senac, Marcello Mello.
A palestra de abertura tratou sobre o tema central do evento e contou com a presença da cônsul da Itália, Nicoletta Fioronie, e o chef Paolo Cacitti, do Il radicado há 20 anos no Brasil. Na plateia, vários membros da Comunidade Italiana no Nordeste (Comites Nordeste), imigrantes, alunos e docentes do Senac.
O debate registrou a importância do consumo sustentável, valorizando insumos e fornecedores locais, bem como as denominações de origem de produtos italianos e as peculiaridades na produção dos pratos, feitos artesanalmente. A cônsul Nicoletta ressaltou que a sustentabilidade é um dos focos importantes que estão sendo abordados durante a semana italiana no mundo todo. ”Na Itália, antigamente a mobilidade não era fácil, por isso, o consumo era todo local, dentro daquele território. O objetivo dessa campanha é justamente sensibilizar as pessoas a consumirem os produtos originais. É um processo que resulta na volta às origens”.
O chef Paolo falou sobre os produtos de origem e denominação controlada e identificação geográfica, que possuem nos rótulos a indicação de DOC, DOP, IGT, etc, citando o queijo parmesão e o vinho Barolo como exemplo. “Para ser rotulado como Parmigiano Reggiano, o queijo precisa ter sido produzido na localidade das províncias de Parma, Reggio Emilia, Modena, Bologna. Se não foi feito em território italiano, com produtos italianos, não pode ser intitulado como tal. A embalagem deve indicar o ‘tipo’ Parmesão, pois é feito fora da região original. Lá na Itália, a cozinha é muito artesanal. É difícil encontrar produtos industrializados, pois o italiano preza isso. Os produtos locais fazem a diferença no resultado final e qualidade dos pratos”, destaca.
Ao longo da tarde e noite, os participantes tiveram oficinas com preparação de Mozzarella, com o produtor Giuseppe Fiore; Gnocchi, com o chef Francesco Carreta, do restaurante @donfrancescotrattoria ; e apresentação da farinha de semolina e preparação de pizza, com @laganamassimiliano , da @molinograssibrasil , indústria italiana de farinha de trigo mole e semolina.