“A resolução de problemas matemáticos na perspectiva da psicologia na educação matemática” foi tema de oficina na manhã de hoje (21), no XV Congresso Internacional de Tecnologia na Educação. A pós-doutora e coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Psicologia da Educação Matemática da Universidade Federal de Pernambuco, Alina Spinillo, falou sobre os problemas e suas resoluções, para um público de mais de 100 pessoas.
Segundo ela, os desafios dos professores surgem pelo fato deles não saberem como funcionam os processos de aprendizado: “a Psicologia Cognitiva busca entender como se aprende, para depois a gente descobrir como ensinar”. Por isso, a oficina foi iniciada com a discussão sobre o que é um problema, ou seja, quando há algum obstáculo entre uma questão e sua resolução. Na ocasião, a professora destacou alguns passos para solucionar essas questões, como identificar a situação, traçar estratégias, saber quais informações são relevantes e qual o melhor caminho a seguir.
Dentro desse contexto, é necessário que o professor seja alguém que leva o aluno a pensar na questão, ao invés de mostrar um caminho pré-estabelecido. “A resolução de problemas não é um assunto a ser ensinado, mas uma competência a ser desenvolvida”, disse Spinillo. Isso porque, três fatores influenciam nessas resoluções: o indivíduo (idade, conhecimento matemático), o ambiente (escola, características do professor) e a situação-problema (conteúdo conceitual, complexidade do texto).
A técnica da Secretaria de Educação de Pernambuco, Luiza Marinho, estava presente e achou o momento enriquecedor: “para mim, foi interessante porque trabalho com a formação de professores de matemática; a condução da temática foi muito boa e o grupo também foi bastante participativo”, afirmou Marinho. Já Lúcia da Silva, é professora de educação infantil e mostrou-se satisfeita com a oficina, pois, segundo ela, aprender a estimular crianças em relação à matemática pode ser uma porta para esse universo. “Essa nova maneira de trabalhar com problemas é interessante porque, muitas vezes, a gente entrega coisas prontas pra os alunos, mas o ideal é deixar que eles descubram suas estratégias”, concluiu Lúcia.