Português Domingos Fernandes fala sobre reinvenção de ensino e avaliação

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    Português Domingos Fernandes fala sobre reinvenção de ensino e avaliação

    Com experiência como professor do ensino fundamental, médio e hoje da Universidade de Lisboa, Domingos Fernandes – com seu extenso currículo de mestrado e doutorado – trouxe uma discussão sobre aprender, ensinar e avaliar em sua palestra “Reinventar o Ensino e a Avaliação para Melhorar a Aprendizagem dos Alunos”, que ministrou hoje (23/09), no XIV Congresso Internacional de Tecnologia na Educação, no Centro de Convenções de Pernambuco.

    Ele falou sobre a estrutura das aulas e que o estudante gosta de conhecê-la. “Esse fio condutor os ajuda a se situarem”, explica. Mas defende que não precisa ser fixa durante todo o ano, pode sim mudar em alguns momentos.

    Sobre o tema avaliação, Fernandes ressalta que é fundamental diversificar as estratégias, até porque os estudantes são diferentes. A autoavaliação também ajuda os alunos a entenderem suas dificuldades e se esforçar para melhorá-las. Segundo ele, aprende-se não pela avaliação, mas pelo esforço do aluno e do professor. “Ela só faz real sentido se estiver intrinsecamente associada ao ensino e à aprendizagem. Tem o propósito de apoiar os alunos e servir como feedback e não apenas para classificação”, argumenta.

    Durante o discurso, Domingos Fernandes reforçou a questão do feedback sistemático como peça central da avaliação. “Sem feedback não há uma comunicação pedagógica”, arremata.

    Sobre as dinâmicas de trabalho, os professores devem tentar alternar. “Às vezes falar mais, em outros momentos, falar menos. Os estudantes se sentem mais motivados e envolvidos se essas dinâmicas variam”. Ele ressalta também a relevância do trabalho autônomo dos alunos e não na fala dos docentes como reinvenção das práticas.

    Já as tarefas são, segundo ele, o “calcanhar de Aquiles“ do ensino e uma questão central do desenvolvimento do currículo. “Os alunos devem resolver tarefas inteligentes e, para isso, os professores precisam parar e pensar sobre elas, nem que sejam durante quinze minutos”, defende.

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