Alunas do curso de Recepcionista em Meios de Hospedagem, da unidade do Recife, promoveram o encontro “Ame sua Mama, Previna-se”, em alusão ao Outubro Rosa. O evento aconteceu ontem (17/10) no auditório do Senac no Recife e contou com a participação de estudantes, professores e colaboradores.
A psicóloga Francine Cavalcanti; a especialista em Gestão Pública, Mosana Rodrigues; a instrutora Ana Trícia e a enfermeira Karine Guimarães foram as palestrantes que participaram do bate-papo. Todo o planejamento desse momento foi feito pelas estudantes do curso com mediação do instrutor Ébano Mariano.
Para ajudar a divulgar os serviços de diagnóstico e as opções de tratamento para casa caso, Karine Guimarães falou sobre os principais sintomas da doença. “Podemos ou não sentir algo, os exames de rotina são fundamentais. Quando aparece algo podemos constatar um ou mais caroços (nódulos), geralmente endurecido, fixo e indolor”, disse. Através de ilustrações, Karine também mostrou que, em alguns casos, a pele da mama pode ficar avermelhada, ter alterações no mamilo e apresentar saída espontânea de líquido (secreção) de um dos mamilos.
Francine Cavalcanti alertou sobre a importância do acolhimento à pessoa com câncer. “Podemos piorar ou melhorar as emoções de uma pessoa que acabou de receber um diagnóstico, então, não faça comparações, nem se desespere. O mais importante do que falar alguma coisa é estar junto segurando a mão daquele paciente”, explica.
A palestra ainda contou com o depoimento da instrutora Ana Trícia, que falou sobre seu próprio caso: é paciente oncológica em remissão (ainda em tratamento). E o depoimento de Mosana Rodrigues, que ficou paraplégica após uma tentativa de assalto e falou sobre acessibilidade e a importância das cadeirantes realizarem os exames de rotina, como a mamografia, mesmo com a dificuldade de acesso. Rodrigues tem que se deslocar do bairro de Boa Viagem, no Recife, até o município de Abreu e Lima, cerca de 31km, para realizar o exame numa clínica que tenha equipamentos adequados para PCDs. “Realizo todos os anos meus exames porque imagine a dificuldade de um cadeirante com câncer”, enfatizou.
Ao final, o público pode fazer perguntas aos palestrantes. “Cuide-se, ame-se, realize o autoexame e os exames clínicos todos os anos. Não se deixe de lado, não adie isso, porque eu esperei meses, achando que um carocinho não era nada e hoje sofro as consequências dessa espera. Fui diagnosticada com um câncer que já poderia estar curada dele”, relatou a discente Rousely Gonçalves, do curso Recepção em Serviços de Saúde.