Cláudia Costin trouxe palestra em torno das principais dificuldades enfrentadas nos ensinos primário e secundário no Brasil
Iniciando o terceiro e último dia do XVIII Congresso Internacional de Tecnologia na Educação, a acadêmica e economista brasileira Cláudia Costin trouxe as Metas da Agenda 2030 para a Educação. A pauta compõe o esquema de metas da ONU para serem atingidas até o ano de 2030, e foram acordadas durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, realizada em Nova York, em setembro de 2015. Participaram dessa construção 193 estados membros, estabelecendo 17 objetivos de desenvolvimento sustentável.
As metas da Agenda, entretanto, configuram um desafio imenso para a educação brasileira. Uma delas, citada por Cláudia, é a garantia de ensino primário e secundário para todos os meninos e meninas de nosso País. Mas o foco não é apenas o diploma, é cobrado um compromisso de que essa escolaridade adquirida seja de qualidade e gere possibilidade de ingresso em graduações.
A professora também trouxe dados críticos de nossa educação, averiguados na última edição do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). Segundo o levantamento, metade dos jovens brasileiros com 15 anos não possui proficiência básica em leitura e interpretação de texto. Além disso, no ano de 2019, só 78% dos estudantes concluíram o Ensino Fundamental 2, e do Ensino Médio, só 69% dos jovens terminaram a etapa com até dois anos de defasagem de idade ou série.
“Ou seja, ainda estamos na agenda de acesso para o Ensino Médio e também estamos na luta para completar os níveis mais básicos de aprendizado. Com isso, precisamos nesse momento olhar para esta agenda com muito cuidado, objetivando uma sociedade em que de fato a promessa da educação seja entregue, gerando oportunidades não só para alguns, mas para todos”, finalizou Costin, deitando luzes sobre a importância do investimento contínuo na Educação no Brasil.