Robótica, sustentabilidade, saúde mental, qualidade de vida, criatividade e flexibilidade para o mundo do trabalho. Estes foram alguns tópicos que permearam as três oficinas realizadas, ontem (2) e hoje (3) – em esquema de revezamento de equipes –, no Encontro Pedagógico 2023. Imersos durante três dias no Hotel Sesc Guadalupe, eles puderam criar, interagir, trocar ideias, compartilhar conhecimentos e experiências. Foram dias intensos, com muitos insights, aprendizados e mão na massa. As temáticas trabalhadas se entrelaçam com a temática do evento deste ano: “Ecossistemas educacionais: conexão, integração e propósito”.
A oficina “Sustentabilidade & Saúde Mental – Qual a relação entre os dois maiores desafios da contemporaneidade?” foi ministrada pelos membros do Instituto Ame Sua Mente, Andréa dos Santos Regina, Carolina de Menezes Gaya e Gustavo M. Estanislau. O Instituto nasceu para explorar as possibilidades de promoção da saúde mental a partir do ambiente escolar e, ao mesmo tempo, contribuir com conhecimento científico e técnico para educar e conscientizar a sociedade brasileira sobre o tema.
A instrutora de Gastronomia do Senac Caruaru, Gessi Nunes, conta que a atividade mostrou que os tópicos apresentados – sustentabilidade, saúde mental e suicídio – estão interligados e são de grande importância não somente para nossa geração, mas, também, as que virão, bem como a importância da preservação do planeta. “Apesar de temas diferentes, havia um link. É importante cuidar do planeta para gerar bem-estar, ter qualidade de vida e saúde mental. Pensar no planeta é pensar no indivíduo e nós, professores somos agentes de transformação. Precisamos nos reinventar para saber lidar com esse ‘novo aluno’, que chega com muitas demandas, principalmente, após a pandemia”.
Na oficina de Robótica com Sucata, conduzida por Lívia Leite e Vancleide Jordão, da Divertec Educacional, foi possível criar soluções para problemas reais, fazer varinhas mágicas e criar robôs. Os participantes ficaram encantados e puderam perceber que é possível levar a robótica para a sala de aula, ainda que sejam trabalhados segmentos tão distintos.
Mônica Oliveira, docente de Gastronomia da Faculdade Senac em Petrolina, e sua equipe usaram a robótica na solução em segurança dos alimentos. “Usamos a fome e o desperdício como um problema e criamos um robô que fazia a seleção desses alimentos descartados em centros de distribuição, como a Ceasa. Através de sensores, ele detectaria alimentos próprios para consumo e fariam a redistribuição para pessoas necessitadas. A oficina apontou que podemos trabalhar com os alunos a nossa realidade, que está sempre mudando, e resolver na prática problemáticas especificas. Esses insigths se adequam muito bem ao modelo pedagógico do Senac, que são trabalhados em sala de aula”.
Responsável técnica pelo modelo pedagógico do Senac Nacional, Thabata Franco trouxe uma renovação das marcas formativas do Senac com a oficina de Criatividade e iniciativa, autonomia digital e flexibilidade para o mundo do trabalho.
A docente e coordenadora dos cursos de pós-graduação e extensão da Faculdade Senac, Michelle Pinheiro, destaca que a oficina promoveu um conhecimento relevante para os professores quanto ao protagonismo estudantil. “Por meio de uma trilha com características diferenciadas, o Senac faz com que a aprendizagem seja significativa. Certamente, a abordagem sobre o domínio técnico- científico, a criatividade e atitude empreendedora, a atitude sustentável, a colaboração e comunicação, a visão crítica e a autonomia digital, fazem parte de um arcabouço de competências que contemplam conhecimentos, habilidades e atitudes fundamentais para o desenvolvimento e a formação discente”.
