O futuro do ensino: professores e a era da Inteligência Artificial

    PróximoAnterior

    O futuro do ensino: professores e a era da Inteligência Artificial

    Qual o papel do professor na era digital? Como o trabalho dele será modificado de agora em diante com o avanço contínuo da Inteligência Artificial? Essas e outras questões foram debatidas por Jonatas Soares e Camila Oliveira no último dia do XX Congresso Internacional de Inovação na Educação. A apresentação deles ocorreu na manhã desta sexta-feira (20) na Arena Identidades.

    “A gente acredita bastante que essa ferramenta não tem muito para onde correr. Ela vai ser introduzida de forma gradual e vai estar dentro da sala de aula, quer o profissional queira ou não”, reflete Jonatas, enfatizando a necessidade de os professores se prepararem, estudarem e se especializarem na utilização dessas novas tecnologias antes que elas sejam impostas.

    O palestrante ressaltou ainda a importância de precauções no uso dessas ferramentas. Ele recomendou que, se os professores estiverem utilizando sistemas de IA fora das plataformas oferecidas pelas próprias instituições de ensino, evitem inserir dados pessoais dos alunos nessas ferramentas.

    No entanto, ele destacou os benefícios que a IA pode trazer, como a criação de planos de aula, elaboração de questões, correção de provas e avaliações, facilitando o trabalho pedagógico. “Todas essas ferramentas ajudam bastante nisso”, afirmou Jonatas, que é formado em Geologia, Engenharia de Petróleo e Ciência da Computação. Atualmente, ele atua como supervisor da área de TI numa empresa financeira no Canadá.

    Quem participou da palestra também aprendeu um pouco sobre o processo de treinamento das inteligências artificiais. Coube a Camila Oliveira repassar essas informações valiosas ao público presente. “Isso nos ajuda a entender como elas funcionam para que possamos usá-las de forma apropriada. Tem vários erros que a gente comete ao utilizar a IA, pois não sabemos como ela opera por baixo dos panos”, explica Camila, que é engenheira eletrônica e hoje atua em uma grande multinacional na Suécia.

    Um dos tópicos abordados por ela durante a palestra foi a questão da alucinação. “Isso ocorre quando a ferramenta fala uma coisa que parece que faz sentido, mas aquilo não condiz com a realidade. É uma ferramenta muito boa para gerar textos, mas não é boa para fatos. Então, é importante que quando a gente esteja, principalmente um professor, fazendo um conteúdo para a sala de aula, que ele entenda que alguns fatos precisam ser checados”, alertou Camila.

    PróximoAnterior

    Accessibility Toolbar