Uma equipe formada por seis alunos do Mediotec Senac Recife venceu a etapa regional do NASA Space Apps Challenge 2024, maratona de programação promovida pela incubadora da agência espacial norte-americana. O resultado foi anunciado na noite dessa quinta-feira (10) durante cerimônia no Babylon Station, localizado no Paço Alfândega, no Recife Antigo.
A equipe vencedora se chama Fulô de Mandacaru e é formada por Heitor Sette, Lucca Spinelli, Camilla Uchôa, Jackis Yuri, João Vitor e Daniel Dantas. Eles desenvolveram o projeto Florescer, uma plataforma online que propõe auxiliar professores e conscientizar alunos sobre os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), da Organização das Nações Unidas (ONU). A ideia é que os estudantes desenvolvam soluções para problemas reais enquanto se preparam para o futuro profissional.
“A equipe inteira não sabe nem descrever o quanto está feliz e realizada por todo o acontecimento. É uma conquista surreal para nós, estudantes do 2° e 3° ano do ensino médio, e que demonstra o empenho e dedicação que colocamos nesse do projeto”, afirma Camilla Uchôa, CEO da equipe. “É uma felicidade enorme saber que todo o nosso trabalho valeu a pena. Ver o resultado de tanto esforço e dedicação ser reconhecido é simplesmente indescritível”, completa.
Como premiação, a equipe do Senac levou para casa, além do troféu, um curso sobre empreendedorismo espacial, oferecido pela Academia do Espaço, e seis meses de curso de inglês na plataforma Becourse. Os estudantes também farão uma imersão na trilha da natureza com a equipe local da NASA e visitarão a NTTData, uma das maiores consultorias de TI e Negócios do mundo. A empresa, cuja sede fica em Tóquio, no Japão, possui uma unidade no Bairro do Recife.
Para o professor Ivo Leonardo Vila, um dos orientadores da equipe Fulô de Mandacaru, o sentimento é de dever cumprido. “Sempre acreditei no potencial deles. Entramos de cabeça no projeto e todo o grupo estava confiante com o resultado que poderia vir”, conta Ivo. Já para o professor André Nascimento, que também ajudou na mentoria do projeto, é uma satisfação ver os estudantes alcançando espaços que eles não acreditavam que seria possível. “Eles estão vendo que têm o talento e as competências desenvolvidas o suficiente para conseguir superar os desafios”, diz.
Segundo Leda Laura Campos, coordenadora do Mediotec Senac Recife, a experiência dos alunos no NASA Space Apps Challenge 2024 vai muito além da premiação. “Ela desperta nos nossos jovens a importância de se projetarem para o futuro, guiados por seus sonhos, projetos de vida e carreiras promissoras. Eles são a prova de que, quando talento e colaboração se encontram, o céu não é o limite, mas o ponto de partida”, destaca.
Com a vitória, a equipe do Senac concorrerá agora na competição global, cujo resultado será divulgado no dia 29 de outubro. Já os finalistas globais serão anunciados no dia 14 de novembro, com os vencedores sendo conhecidos no dia 16 de janeiro de 2025. Os ganhadores terão a chance de conhecer a NASA nos EUA.
Alunos do curso Técnico em Informática do Mediotec Senac conquistaram o segundo lugar na competição Early Stage, programa de capacitação e mentoria promovido pelo Sebrae em Pernambuco, que visa o desenvolvimento e a validação de startups. A equipe FiveUp apresentou a solução Criticlevel, voltada para o público gamer, na final da competição que aconteceu no último sábado (05), no Recife. Composta pelos alunos do terceiro ano do Mediotec, Pedro Caribe, Iago Nascimento, Luis Antônio, Vinicius Fernandes e Pedro Moura, a FiveUp destacou-se por sua aplicação inovadora que fornece ferramentas e apoio para que desenvolvedores consigam divulgar seus jogos, atrair público e cresçam na profissão sem ter que deixar o Brasil para buscar oportunidades no exterior.
Para Vinícius Fernandes, o evento foi incrível e trouxe um aprendizado maior para as atividades de validação e desenvolvimento: “os workshops foram essenciais, ajudando a repensar e melhorar nossas ideias”. Pedro Caribe também comemorou a participação. “O Early Stage foi uma experiência incrível. No final, saímos muito mais confiantes e preparados. Com o segundo lugar, ganhamos um estande na arena de negócios do festival Rec’n’play (evento) para apresentar a nossa startup”, disse.
Ao longo de seis semanas de imersão, os alunos receberam mentoria dos professores Ivo Leonardo e André Nascimento, ambos docentes do Mediotec Senac, para aperfeiçoar o projeto, trazer uma solução relevante para o mercado de jogos e apresentá-la na final do Early Stage.
No final do programa, cinco startups foram escolhidas para apresentar seus projetos diante de uma banca de especialistas convidados como jurados. A aplicação CriticLevel foi uma das selecionadas e vai participar do festival que combina conhecimento, tecnologia, economia criativa, negócios, cultura, arte e inovação, que acontece em novembro, no Recife Antigo.
“Esse reconhecimento demonstra o empenho e a criatividade dos alunos. Através de metodologias ágeis, eles garantiram adaptação rápida às mudanças de mercado e criaram metas claras e objetivas. Além disso, criaram pitches eficazes para apresentar suas ideias aos mentores e investidores do Early Stage, validando a viabilidade comercial do produto que desenvolveram”, afirmou o professor André.
Na última segunda-feira (03), alunos do Mediotec encararam o desafio de propor soluções para problemas enfrentados pelo Complexo de Suape, localizado no Cabo de Santo Agostinho. O Ideathon foi realizado na unidade do Porto Digital e reuniu cerca de 400 estudantes, entre os turnos da manhã e da tarde.
De acordo com o professor da Faculdade Senac, André Silva, o evento foi pensado para que tivesse o “DNA” do Mediotec, fosse totalmente deles. “A gente quis aproveitar a data comemorativa da Semana Internacional de Logística, que é dia 6 de junho, para proporcionar esse momento. Tivemos uma articulação com Suape e percebemos que seria vital trazermos um problema real para que os alunos desenvolvessem ideias a respeito de algo que realmente impacta o mercado. Os vencedores da maratona de dois dias vão ser convidados a estar na próxima semana no ProjetAÍ, mostra de projetos integradores de inovação tecnológica, além de estar sendo observados pela incubadora I.de.i.a.S para próximos processos de seleção”, ressaltou.
Os estudantes tiveram que levantar soluções para melhorar a mobilidade dentro do Complexo, o monitoramento das operações no cais e o monitoramento da estrutura de sustentabilidade, uma vez que 65% da área de Suape é de Mata Atlântica.
O Coordenador de Inovação do Complexo de Suape, Sílvio Vital, explica que, com 16.000 hectares de área e sendo uma empresa 100% pública, são grandes os desafios no local. “Como complexo temos diversas dores, desde o eixo social, ambiental, até a gestão portuária. Então, estar envolvido com as universidades, com Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs), startups e empresas de base tecnológica é fundamental para que consigamos mapear soluções. E o mais complicado na inovação é ter uma solução que resolva em 100% a nossa dor. Então, estar conectado a maratonas de inovação, como Hackathons e Ideathons, nos faz chegar à etapa inicial de uma solução, na construção dela, e assim, esses 100% de resolução que precisamos vai ficando mais próximo”.
Dentro do Complexo de Suape estão 91 empresas divididas em 12 polos, além de 13 comunidades, sendo 3 delas quilombolas. Reunidos em grupos espalhados por várias áreas do Porto Digital, os alunos foram conduzidos a entender os problemas para levantar possíveis soluções e também fizeram atividades de brainstorming, quando sugerem ideias imediatas que depois serão filtradas por resoluções tangíveis. No segundo dia da maratona eles apresentarão os projetos, de onde serão escolhidos os vencedores.