Libras: turma promove inclusão no Recife

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    Libras: turma promove inclusão no Recife

    A Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi criada com o intuito de facilitar a comunicação e promover inclusão às pessoas com deficiência auditiva. Atualmente, muitas instituições têm um intérprete em seu corpo de colaboradores para que surdos sejam atendidos sem limitações. Por isso, ter o conhecimento dessa linguagem pode ser um diferencial. No dia 28/7, uma turma de 13 alunos, composta por público externo e colaboradores do Senac, concluiu o curso na Unidade de Idiomas (UIS), no Recife.

    Gerentes José Neto e Mauricea Oliveira no encerramento

    Para o instrutor da turma, Marcelo Manoel da Silva, que perdeu a audição no decorrer da vida e hoje é deficiente auditivo, o resultado foi satisfatório. “Eu percebi a turma focada, participativa, interativa”. Durante as aulas, eles trabalharam tanto com Libras quanto a leitura labial, o que fez com que os estudantes desenvolvessem outras competências além dos símbolos.

    “Em relação à didática do curso, aqui, a gente não aprendeu apenas sinais, mas representações, feições, movimentos de corpo e é muito diferente das outras escolas”, disse Luciana Costa, uma das alunas; Gertrudes Gulde, sua colega de turma e colaboradora do Senac, completou: “a dificuldade não é apenas aprender os símbolos, mas aprender como usá-los e eu gostei muito do modo como o professor nos deixou à vontade para aprendermos realmente”.

    O aprendizado em sala deve ser estendido após o curso. É o que sugere a gerente da UIS, Mauricea Oliveira. Para ela é preciso que os alunos continuem exercitando. “Isso é uma competência linguística, então é a prática e o aprendizado constantes que trazem a segurança, a fluência”, disse.

    O colaborador do Senac Moisés Ferreira foi um dos alunos

    Para promover ainda mais a inclusão social na instituição, possibilitando maior troca de experiências e otimizando a comunicação entre alunos e colaboradores, alguns funcionários do Senac também participaram da turma. Assim, eles poderão incorporar essa competência às suas funções. Um deles foi o porteiro, Moisés Ferreira, que iniciou o curso apenas para aplicar a Libras no cotidiano, mas no final, mudou de visão. “Foi muito importante porque eu aprendi uma nova linguagem que, pra mim, é como se fosse um novo idioma. Eu nem pensava em fazer o curso, mas o resultado me surpreendeu e o modo como o professor trabalhou me inspirou a continuar e aprender mais”, disse. O sentimento de Moisés Ferreira se estendeu ao colega Alex Andrade, também porteiro do Senac: “No início pensei apenas em adicionar ao serviço de portaria, mas depois veio muita vontade de continuar, aprender mais e desenvolver essa conversação”.

    O gerente de Relações Humanas do Senac, José Neto, destacou, do ponto de vista da área de gestão de pessoas, a relevância da capacitação: “para o Senac, mais especificamente para o RH, é uma honra oferecer o curso de Libras, porque além de ensinar a comunicação, ele também é um meio de levar o bem, pois cada aluno se capacitou para ajudar, no dia a dia, as pessoas surdas que precisam se comunicar. É propagar e difundir o bem”, concluiu.

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