O ensino que temos em sala de aula ensina a todos? Foi com essa pergunta que José Pacheco, idealizador da Escola da Ponte, referência mundial em inovação, iniciou a conversa com os professores, durante o XX Congresso Internacional de Inovação na Educação.
Pacheco chamou os presentes para uma reflexão pedagógica, pedindo aos educadores que adotem uma postura de autocrítica, a argumentando que para ser ético, o ensino deve considerar o todo. “Se a forma que ensino não serve para ensinar a toda e qualquer pessoa, esse ensino não serve”, enfatizou.
O palestrante incentivou apostar na busca pela formação de cidadãos conscientes, capazes de agir criticamente em sociedade, e não apenas transmitir informações, além de trabalhar com base nas realidades vividas pelos alunos. “Precisamos construir o conhecimento de forma coletivamente e de maneira significativa”, registrou. Pacheco ainda fez um chamado “ao chão de sala”, convidando os educadores a uma profunda reflexão sobre suas práticas pedagógicas e da necessidade de que os professores precisam estar abertos às mudanças.
Severino Lima, professor de Xadrez de uma escola privada, levantou o questionamento de como sair do método de ter apenas as respostas dos alunos para os motivar a questionar. Pacheco foi enfático na resposta, orientando a apostar na autonomia e na responsabilidade dos alunos. “ O papel do professor deve ser de orientação, ajudando os alunos a desenvolverem competências como pensamento crítico, resolução de problemas e trabalho em equipe. A autonomia, nesse sentido, não significa deixar os alunos sozinhos, mas dar-lhes as ferramentas para serem protagonistas de sua própria educação, criando um ambiente de confiança mútua entre professores”, explicou.
Pacheco finalizou falando da importância de os educadores se adaptarem às transformações que o mundo exige, promovendo uma revisão constante das práticas pedagógicas. “Os professores precisam estar aptos às mudanças”.
