Criador e Coordenador do Espaço de Diálogo e Restauração, Marcello Pelizzoli explica como estabelecer diálogos promissores com alunos
Mais importante que o conteúdo falado, é o método que está sendo utilizado para transmitir a mensagem. Muitas vezes as palavras que são verbalizadas pelos educadores na sala de aula até trazem boas intenções e expectativas de mudança na conduta dos alunos, no entanto, pela aplicação errada dos termos em meio ao diálogo, a comunicação é feita de forma incompleta, ineficaz e até mesmo agressiva. Buscando solucionar tais problemas, o XVIII Congresso Internacional de Tecnologia na Educação trouxe na tarde desta quinta-feira (22) a palestra “Comunicação Não Violenta”, comandada pelo criador e coordenador do Espaço de Diálogo e Restauração, Marcello Pelizzoli.
A Comunicação Não Violenta (CNV) é um método que indica um novo jeito de estabelecer diálogos, fornecendo ferramentas úteis para solucionar “ruídos” deixados em nossas relações causados pela maneira que nos comunicamos, e também pelo que deixamos de falar por medo do conflito. Trazendo esta prática para a lógica educacional, com o auxílio de bonecos de pano e representações, Marcello mostrou como crianças realizam autoanálises eficazes quando saem da posição de participantes do diálogo, e passam a olhar pelo papel de observadores, entendendo as posturas erradas nas interações entre os fantoches.
Além das dicas comunicativas para o afastamento do conflito, o palestrante trouxe metodologias para transformar momentos de raiva e indignação em combustível para mudanças. “O primeiro passo é efetuar uma pausa para abster-se de culpar o outro e respirar um pouco. Posteriormente, é preciso identificar quais sentimentos provocaram a ira, e com isso prestamos atenção nos pensamentos e expressões de necessidades insatisfeitas dos outros e nossa. E por fim, nos concentramos nestas necessidades por trás desses pensamentos para. Este é um exercício que precisa ser realizado constantemente”, finalizou Marcello