Ex-aluno do curso de Inglês do Senac Recife, o estudante de Engenharia de Energia, Felipe Bandeira, fez uma campanha nas redes sociais para conseguir arrecadar verba para realizar seu sonho de estudar no Estados Unidos. No final do ano passado, ele foi surpreendido com a notícia de que havia sido selecionado para estudar nos EUA, e ganhou uma bolsa de estudos de 30 mil dólares para cursar Economia e Data Science, em uma das mais renomadas universidades americanas. Porém, ainda faltavam os 3.800 restantes para alcançar seu sonho.
Ele decidiu fazer uma Vakinha, na internet, para arrecadar os valores que faltavam. E, em três dias de campanha, Felipe Bandeira conseguiu o valor restante que faltava para ir estudar em Minerva Schools at KGI (EUA). A resposta foi tão rápida, que agora, ele criou um perfil nas redes sociais (@bo_simbora) para ajudar outros brasileiros que tenham interesse em estudar no exterior, com dicas e materiais necessários para realizarem este sonho também.
Segundo Felipe, o curso de Inglês do Senac fez toda a diferença para que ele conquistasse não somente esta, mas também diversas outras oportunidades de estudar fora, ganhando bolsas para fazer cursos, e participar de eventos. Entre elas, ainda no Ensino Médio, ele foi selecionado para fazer um curso de verão no programa Yale Young Global Scholars (2016), em Sustentabilidade, Energia e Meio Ambiente.
Fluência no idioma – E tudo isso só foi possível devido à sua fluência na Língua Inglesa. “Tudo começou ainda na adolescência, quando minha mãe, praticamente, me obrigou a estudar Inglês”, diz ele brincando. “Fiz o curso completo, de três anos e meio. Na época eu não tinha muita consciência da importância. Mas depois percebi que fez toda a diferença em minha vida e passei a gostar de estudar idiomas”.
A intensidade e metodologia das aulas que eram muito práticas, fizeram com que Felipe fosse estimulado a se desenvolver cada vez mais na Língua Inglesa. “Fui para o Senac ainda muito jovem. Eu era o mais novo da minha turma. E sempre caia em turmas com muitos adultos, com gente muito mais velha. Isso trazia um dinamismo muito grande para a aula. Era muito interessante esse contato com grupos de idades tão diferentes, aprendendo a mesma coisa. Os professores eram pessoas incríveis, muito qualificados. E tudo isso me proporcionou uma base muito sólida no idioma, o que me permite hoje em dia, trabalhar com muita coisa em inglês, e participar de programas fora do Brasil. Uma grande parte de minha formação, eu devo ao Senac”.
Engajamento social – Sempre muito engajado com ações sociais, desde cedo, Felipe viu de perto o que era a pobreza e teve contato com diversos problemas sociais, que existiam não somente em Olinda, onde morava, mas em tantas outras partes do Brasil. E passou a se envolver em ações sociais como doações de livros, arrecadação de alimentos para pessoas que passaram por desastres naturais, etc.
“Quando fui para a Universidade de Yale (EUA), existia lá uma bolsa para pessoas que moravam na África, e que não estariam ali se não fosse por esta bolsa. Elas faziam coisas incríveis nos lugares onde moravam. Foi então que comecei a me motivar, e perceber que também podia me engajar em projetos maiores. Quando entrei na graduação em Engenharia de Energia, isso ganhou escala”.
No primeiro período da universidade, Felipe diz que entrou no Enactus UFPE – uma Ong com proposito de criar projetos de impacto social no Recife, onde passou dois anos e meio, chegando a ser presidente. “Até participei de um comitê de crise nacional, no início da pandemia, junto a outros líderes nacionais para ajudar pessoas. Enfim, eu tenho essa bagagem. E percebi que poderia ir mais longe. Por isso, estou indo estudar fora, para aprender como as pessoas lidam com soluções para diversos problemas e trazer ideias para aplicar aqui, depois”.
E a gente deseja boa sorte e bons estudos a Felipe, e o parabeniza por ter conquistado o que precisava para realizar seus sonhos e, futuramente, ajudar mais pessoas com suas ideias.