Nada melhor do que ouvir quem já é profissional para conhecer como é a área de trabalho. Foi pensando nisso que o jornalista e instrutor do curso de Rádio e TV, Phelipe Cavalcante, promoveu o encontro “O Mercado de Trabalho e o Profissional de Comunicação”, entre seus alunos e vários profissionais, no dia 29 de junho, no Recife.
André Luiz Cabral, radialista da rádio Jornal; Jota Soares, locutor publicitário e de notícias da Rede Brasil; Pedro Lins, repórter e apresentador da Globo Nordeste; Stella Soares, jornalista e apresentadora de um programa na web; Alex Moriá, locutor publicitário e radialista da rádio Recife FM, Emerson Pereira, repórter da TV Jornal e Ezequiel Quirino, Cinegrafista da TV Jornal, foram os convidados.
“A ideia foi passar para os alunos uma visão ampla do mercado, como ele está atualmente, todas as vertentes que ele pode atuar. Cada pessoa tem um perfil e o aluno pode conhecer qual serve para ele”, disse Phelipe.
EXPERIÊNCIAS
Cada convidado falou sobre sua trajetória, o cotidiano da sua área e as peculiaridades de cada veículo. Pedro Lins, por exemplo, contou como chegou à televisão, mesmo não sendo sua primeira opção para trabalhar. Ainda na faculdade de Jornalismo, ele corria das aulas de TV e para não ter que repetir sempre as gravações, procurava fazer o melhor possível, tudo para se ver livre da cadeira.
Na época, seu foco era o rádio e foi nele onde começou, inclusive. “Apesar de gostar, meus chefes diziam que eu não tinha perfil, que era para eu fazer TV”, contou. Depois, ele entrou para a televisão, passando pela Rede Brasil TV, TV Jornal no Recife e em Caruaru, até chegar à Globo e voltar à capital pernambucana. Sobre o cenário de comunicação e a postura de cada um frente às mudanças, ele aconselhou: “a gente precisa se renovar, estar aberto para recomeçar sempre”.
O comentarista esportivo André Luiz Cabral também esteve presente e contou um pouco da sua trajetória de mais de 20 anos. Ele é um dos ícones do radialismo pernambucano e junto com outros profissionais faz parte da equipe Escrete de Ouro, como é chamado o time da rádio Jornal. Ele destacou a importância da troca de conhecimento. “Sem dúvida é uma troca salutar, tem que existir. A gente não pode achar que por estar há anos no meio sabe de tudo. Eles (alunos) podem conhecer o que é realidade ou não, e nós (profissionais) observamos as necessidades deles. Essa interação é fundamental”, comentou. “Eu gosto de uma frase de Chico Anysio que diz: A única vantagem de ser mais velho é saber um pouco mais”, brincou.
NOVOS HORIZONTES
O evento contribuiu para que os estudantes pensassem em novas possibilidades de atuação. Como Emerson Rosa, que já faz alguns trabalhos como freelancer e no início do curso queria atuar em rádio, mas, agora, pensa diferente. “Do meio do curso para cá e, depois da palestra, abri mais o horizonte. A gente começa a valorizar outras partes como a produção por trás da câmera. Queríamos há muito tempo este encontro para os profissionais passarem para gente o que estão enfrentando”, disse.
Quem já está no mercado também aprovou a iniciativa. Foi o caso de Thiago Barba Távora. Com formação em Engenharia de Pesca, ele tem mais de dez anos de trabalho na área audiovisual, já fez parte de uma produtora e hoje é professor de edição em cursos particulares. “Ouvimos e tiramos dúvidas. Além de ter gente de várias áreas, tinham pessoas com anos de experiência e outras começando agora. É bom ver a empolgação de quem está começando e também a visão de quem já está há muito tempo. É importante para sabermos o que espera a gente”, avaliou.
