Eliane Potiguara destaca a importância da educação para a luta indígena, o amor e o respeito entre os povos

    PróximoAnterior
    A palestra “Da aldeia que vejo o mundo: Identidade, Educação e Sociedade’, apresentada por Eliane Potiguara, escritora renomada e ativista indígena, foi um grito de socorro para o respeito e ao amor em meio ao XX Congresso Internacional de Inovação na Educação.

    Eliane Potiguara destaca a importância da educação para a luta indígena, o amor e o respeito entre os povos

    A palestra “Da aldeia que vejo o mundo: Identidade, Educação e Sociedade’, apresentada por Eliane Potiguara, escritora renomada e ativista indígena, foi um grito de socorro para o respeito e ao amor em meio ao XX Congresso Internacional de Inovação na Educação.  Eliane abordou a sobrevivência dos povos indígenas no Brasil ao longo de 500 anos de colonização, vítimas de massacres e legislações opressoras. Ela ressaltou como tentativas de integração profunda, que acontecem desde o período colonial, como o Diretório dos Índios de 1756 e o ​​Serviço de Proteção ao Índio de 1910, visaram desmantelar as culturas indígenas em vez de preservá-las.

    Potiguara refletiu sobre a atual ameaça representada pelo Marco Temporal, que, segundo ela, “é uma nova forma de genocídio, agora “assinado pela caneta”. Essa política desconsidera os direitos ancestrais dos povos indígenas às suas terras e ao seu modo de vida”, frisou Potiguara, reforçando ainda que os povos originários têm muito a ensinar sobre como preservar o meio ambiente, e que é essencial retomar o legado esquecido da Carta da Terra, elaborada na Conferência Internacional do Meio Ambiente em 1992.

    Ao se dirigir aos professores presentes, Potiguara fez um apelo para que a educação se baseie no amor e no respeito entre os povos, destacando a importância de valorizar as culturas indígenas, afro-brasileiras e outras comunidades tradicionais. Ela enfatizou que “não adianta ser apenas um profissional se não há a essência do amor e da solidariedade”, reforçando a urgência de trabalhar esses valores nas salas de aula. Para Eliane, o caminho para uma sociedade mais justa e igualitária passa pela sensibilização e pelo cuidado com o meio ambiente, integrando conhecimento ancestral e práticas atuais.

    Claudia Patrícia, gestora pública do município do Paulista, ficou emocionada com o que ouviu. “Impossível sair de uma palestra dessa sendo a mesma pessoa. Ela tocou em pontos importantes. É preciso ter respeito as identidades e as culturas e sempre reforçar o amor e as relações humanas de forma cordial e respeitosa”, ressaltou.

    A palestra finalizou com um apelo emocionado de Eliane Potiguara aos educadores: “É preciso trabalhar mais o amor entre os povos na sala de aula. Basta de violência e ignorância, precisamos de mais amor. Nós como professores precisamos ajudar aos nossos alunos a pensarem mais em uma sociedade igualitária e coletiva”, enfatizou.

    PróximoAnterior

    Accessibility Toolbar