Na palestra “Blockchain na Educação: Potencialidades e Desafios para o Futuro do Ensino”, o coordenador de Tecnologias na Educação do Departamento Nacional do Sesc, Isaac D’Césares, abordou as inúmeras possibilidades que essa tecnologia emergente pode trazer para a sociedade. A apresentação foi realizada na tarde desta quinta-feira (19) durante o segundo dia do XX Congresso Internacional de Tecnologia na Educação.

De acordo com D’Césares, embora a blockchain ainda esteja em fase de desenvolvimento, já tem causado impacto significativo em várias áreas. Ele destacou que a tecnologia, que foi criada há apenas 15 anos, se distingue por sua natureza descentralizada e imutável, contrastando com outras plataformas (como as redes sociais) que centralizam e controlam as informações dos usuários.

“Essa tecnologia já existe, já é adotada e já faz muito barulho”, afirmou o palestrante, que enfatizou a diferença entre a blockchain e a criptomoeda. Embora muitas fraudes estejam relacionadas às moedas digitais, D’Césares reforçou que a blockchain em si não deve ser confundida com essas fraudes. 

“A tecnologia em si é muito interessante, sendo uma base de dados unificada e compartilhada entre todos os computadores que fazem parte da rede”, explicou.

Isaac D’Césares também compartilhou uma experiência pessoal. Por dois anos, ele estudou Ciência da Computação em uma faculdade particular. Em um determinado momento, da noite para o dia, a instituição faliu, levando embora todo o histórico acadêmico dos estudantes. Foi preciso recomeçar a faculdade do zero.

Segundo D’Césares, se a tecnologia blockchain já estivesse disponível na época, talvez esse problema pudesse ter sido evitado, o que mostra a importância desse sistema como uma plataforma segura, transparente e resistente a fatores externos.