A palestra “Cidades Resilientes: Como Medellín buscou superar a violência e a desigualdade”, proferida por Santiago Uribe, Colombiano, pesquisador social e gestor de políticas sociais, e Murilo Cavalcanti, principal formulador dos Centros Comunitários da Paz – COMPAZ, apresentou aos congressistas como Medellin impactou no trabalho social desenvolvido em Recife.

Santiago Uribe destacou como a cidade, que já foi uma das mais violentas do mundo, apostou em pequenos passos para grandes transformações. Ele explicou que a mudança começou com a valorização da cultura local, além da capacitação de mulheres das comunidades periféricas. Outro ponto abordado foi o de que foi o de que pobreza não está diretamente ligada à violência, mas sim à falta de oportunidades e espaços de convivência colaborativa, a partir deste pensamento se buscou implantar políticas públicas de forma integrada. “Nos últimos quatro anos, Medellín implementou 53 projetos em diferentes territórios, incluindo bibliotecas, casas de música, parques e espaços de empreendedorismo. Essas iniciativas visam promover o desenvolvimento sustentável e a integração social”, explicou Santiago.

Murilo Cavalcanti explicou que a experiência de Medellín serviu de inspiração para a criação dos Compaz e muitos dos passos foram executados por aqui.  “Aplicamos o Projeto Urbano Integrado (PUI) de Medellín, buscando implantar os eixos voltados para a primeira infância, empreendedorismo, esporte e lazer, convivência cidadã, policiamento comunitário, justiça, direitos, cultura, educação e saúde preventiva”, explicou Murilo.

A palestra trouxe reflexões sobre a capacidade de transformação das cidades e a necessidade de investimento em políticas públicas inclusivas e um trabalho colaborativo entre governo e comunidade. Santiago e Murilo enfatizaram que a cultura, a educação e a equidade são as bases para a construção de cidades resilientes e justas.