A tarde do segundo dia do XX Congresso Internacional de Inovação na Educação foi marcada por debates sobre tendências e inovações pedagógicas, trazendo nomes de peso para a Arena Insights. Além de Claudia Costin, professora e respeitada especialistas em educação do país, com sua palestra “Repensando a Alfabetização: Desafios e Soluções em um Mundo Digital”, os congressistas acompanharam Gleize Barros, pedagoga e mestra em Educação pela Universidade de Pernambuco (UFPE), discutindo “Tendências Educacionais Transformadoras: A Escola como Laboratório de Ideias”, e Sérgio Severo, mestre em Educação Profissional e Tecnológica pelo IFPE, que abordou práticas curriculares no novo ensino médio.
As palestras de Priscila Silveira, doutora em Educação e gerente de Qualidade e Inovação do Senac RN, e Michelle Pinheiro, mestra em Administração, Inovação e Desenvolvimento, também contribuíram para o debate com temas como inteligência artificial e empreendedorismo acadêmico.
Gleize Barros, pedagoga e mestra em Educação pela Universidade de Pernambuco (UFPE) e doutoranda pela Universidade de Coimbra, apresentou a palestra “Tendências Educacionais Transformadoras: A Escola como Laboratório de Ideias”. Barros destacou a importância da tecnologia e da neurociência no desenvolvimento de uma educação moderna e integrada, e ressaltou o papel de projetos inovadores, como clubes de programação, robótica e cultura maker, no estímulo à criatividade e ao pensamento crítico. “A gamificação, por exemplo, precisa ser utilizada para engajar, mas com um propósito claro, desenvolver a saber dos alunos”, afirmou. Ainda segundo Gleize, a educação precisa ultrapassar os limites da sala de aula e continuar ao longo da vida, formando cidadãos críticos e inovadores.
Durante a palestra “Ensino Médio e Educação Profissional: Insights para Práticas Curriculares no Contexto do Novo Ensino Médio”, Sérgio Severo abordou a importância de preparar os estudantes para os desafios contemporâneos, enfatizando a necessidade de um currículo que vá além do conteúdo tradicional. Ele destacou como o novo ensino médio, com sua carga horária ampliada e a inclusão de itinerários formativos, pode formar jovens com uma visão integral, alinhando o aprendizado técnico à formação pessoal. Severo ressaltou que, para que o ensino seja eficaz, é essencial que os alunos tenham a oportunidade de escolher trilhas formativas que façam sentido para eles, algo que só será possível se a escola estiver preparada para oferecer uma formação adaptada às realidades e necessidades individuais dos estudantes.
Severo também discutiu os desafios de implementar essas mudanças curriculares, alertando para a necessidade de uma abordagem pedagógica que realmente prepare os alunos para a vida, e não apenas para o mercado de trabalho. Ele ainda salientou que o objetivo do ensino médio deve ser formar cidadãos conscientes, capazes de transformar o meio em que vivem. Para Severo, “não basta formar um estudante tecnicamente competente; é fundamental que ele seja preparado para entender e modificar o contexto social ao seu redor, porque, se ele sair do ensino médio sem essas habilidades, não teremos cumprido o nosso papel educacional”.
A tecnologia também foi um tema central na palestra de Priscila Silveira, Doutora em Educação com especializações em Educação a Distância e Inovação e Transformação Digital. Priscila também atua como gerente de Qualidade e Inovação no Senac RN, onde também lidera o Comitê Técnico de Inteligência Artificial e o Laboratório de Inovação. Em sua apresentação, intitulada “Transformando Experiências de Aprendizagem com IA”. Silveira discutiu como a inteligência artificial pode revolucionar o ensino, personalizando as experiências de aprendizado para atender às necessidades individuais dos alunos. “A IA não substitui o professor, mas potencializa sua capacidade de ensinar, permitindo que cada aluno tenha uma jornada de aprendizado única”, explicou Priscila Silveira.
O impacto da palestra foi sentido por muitos participantes, como Isys Vasconcelos, ex-aluna da Faculdade Senac, que comentou: “Anotei várias dicas valiosas. Antes, eu usava a IA de forma bem limitada, e agora, com o que aprendi aqui, aplicarei novas estratégias e irei explorar melhor as funcionalidades dessas ferramentas no meu dia a dia”.
Michelle Pinheiro, mestra em Administração, Inovação e Desenvolvimento, encerrou a tarde com a palestra “Empreendedorismo Acadêmico: uma Jornada Dinâmica de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação”. Em sua fala, destacou a importância de aproximar a academia do mercado de trabalho, integrando os alunos em projetos que não apenas desenvolvem suas competências técnicas, mas também as habilidades empreendedoras e de inovação. Para Michelle, a universidade deve ser um espaço de experimentação prática, onde os estudantes aprendam a lidar com desafios reais e identificar oportunidades de impacto social e econômico.
Ela argumentou que, além de formar profissionais competentes, é essencial preparar os alunos para serem agentes de transformação. “O empreendedorismo acadêmico é fundamental para criar uma nova geração de profissionais que não só atuam no mercado, mas conseguem transformá-lo. É através da combinação de pesquisa, extensão e prática que preparamos líderes capazes de enfrentar o dinamismo e as incertezas do mundo contemporâneo, trazendo soluções inovadoras que impactam diretamente a sociedade”, concluiu Michelle, reforçando o papel estratégico da educação na formação de líderes globais.
