Absorver o conhecimento prévio do aluno para adequar a informação à prática do ensino foi uma das dicas dadas por Bruno Lira na palestra “Práticas pedagógicas para o século XXI: a sociointeração digital”, dentro da programação do XIV Congresso Internacional de Tecnologia na Educação. Lira enfatizou como o potencial de mutabilidade na sociedade deve influenciar o ensino. “Nossa ciência não é relativa, ela muda conforme a época”.
Sacerdote pernambucano e mestre em Ciências da Linguagem, ele usou sua experiência para interagir com os participantes e mostrou como o uso de tecnologias pode transformar o modelo de ensino atual, que é dividido em disciplinas. Para ele, toda tecnologia e meio de informação que o aluno possui fora da sala é um instrumento para o professor. “O aluno pode pesquisar a informação condensada e participar de um debate sobre o assunto da aula. Isso permite o uso de redes sociais e mecanismos de pesquisas em geral como fonte de conhecimento”, exemplifica.
Ao final da palestra, Bruno Lira ressaltou como o ensino sem aprendizado é perda de tempo e como o aluno precisa ser estimulado a usar meios de interação da sociedade enquanto recebe as informações passadas pelo profissional de educação. “Não deixemos nossos estudantes reproduzirem o que o livro didático diz e o que dizemos”, encorajou os professores a modificarem o modelo de aprendizagem formal.
TRÊS PILARES – Durante a apresentação, Bruno apresentou o programa básico de sequências com três pilares que usa para nortear seu trabalho:
Saber | Fazer | Ética |
O professor precisa ser detentor do conhecimento compartilhado com o aluno. Para ser guia na formação de cada um. | Passar o conhecimento utilizando as técnicas pedagógicas previamente adquiridas, pertinentes às necessidades de cada estudante. | Estimular o estudante para modificação social enquanto detentor de conhecimento adquirido e ser pensante. |