A educação em tempos de modernidade líquida

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    A educação em tempos de modernidade líquida

    A educação em tempos de modernidade líquida

    A primeira palestra da tarde de hoje (22), no XVII Congresso Internacional de Tecnologia na Educação (XVII CITE), contou com participação do especialista em Gameficação, PhD em Educação Matemática pela Universidade da Califórnia (EUA), Luciano Meira, com o tema Educando para um mundo líquido. Ele trouxe uma reflexão sobre o conceito de sociedade líquida, do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, que representa a época em que vivemos, na qual as relações sociais, econômicas e de produção são frágeis e maleáveis como os líquidos.

    Luciano Meira, que também é mestre em Psicologia Cognitiva, bacharel em Pedagogia e colaborador do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar), analisa a noção de sociedade líquida conectada com o mundo moderno.  “Nós não podemos prever o futuro, mas podemos construir a partir de nossas capacidades imaginativas. Trazemos essas capacidades para o presente e criamos condições de construir futuros possíveis. Essa é a tarefa do educador. Todo educador é um viajante no tempo. Imaginativamente”.

    O palestrante comentou ainda sobre o fato de três empresas brasileiras, como Nubank, iFood e Loggi, não exigirem mais diploma universitário para contratação. Para ele, o mundo do trabalho vem apresentando mudanças e complexidades, obrigando-nos a repensar o modo como construímos engenhos didáticos e pedagógicos da escola. “Mudou não só ponto de vista das organizações, mas também o modo como estão organizadas. É o fenômeno que hoje conhecemos como transformação digital, que implica em mudanças culturais e comportamentais profundas no mundo do trabalho”.

    Com relação à forma de ensino ele foi enfático: “é preciso promover experiências de aprendizagem que são diferentes dos arranjos que são voltados apenas para entrega de conteúdo. Temos que ter pessoas que possam tomar decisões e exercitar a autonomia.  Precisamos de uma certificação baseada em competências, não na testagem do conhecimento”. E apontou estudos internacionais que mostram que esse tipo de educação traz muito mais resultados.

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