Tecnologia, sustentabilidade e acessibilidade. Estes foram os pilares que nortearam as temáticas das apresentações do Projeto Integrador do Jovens Aprendizes do Senac. A primeira mostra de curtas, intitulada de Festival Curta Aprendizagem, reuniu mais de 500 jovens nos turnos da manhã e tarde, que culminaram seus conhecimentos e aprendizados vivenciados nas unidades curriculares. Cada turma apresentou soluções para um problema debatido em sala de aula, tendo à frente dois representantes em cada apresentação.
A estudante Bianca Gabriela Santos, do Instituto JCPM, comenta que junto aos colegas, fez pesquisas de campo nas comunidades de Brasilia Teimosa e Pina. “ Visitamos estabelecimentos e observamos algumas fragilidades: no atendimento, na organização e na exposição de produtos. Diante disso, levamos para a sala de aula e pensamos em algo que fosse ajudar aos empresários”. Diante do problema diagnosticado, a solução foi criar um site e um aplicativo: Repoweb e Repoapp, que tem como objetivo trazer uma experiência 3D ao empreendedor. “A ideia era que não só o repositor, mas também qualquer funcionário da empresa ou até mesmo o dono, possam economizar tempo. Com o site e aplicativo eles poderiam ver como ficaria a exposição do seu produto antes mesmo de ser colocado na prateleira. É uma solução de baixo custo, até mesmo para empresas que não podem pagar por um repositor. Observamos que a tecnologia está cada vez mais avançada e que para conseguirmos fazer um empreendedor ter crescimento no seu estabelecimento, não necessariamente precisa gastar tanto, com pouco investimento é possível fazer muito”, avalia Bianca.
O aprendiz da unidade do Espinheiro, João Thiago, destaca que a experiência de executar o projeto em conjunto com os colegas foi bastante agradável. “Esse tipo de aprendizado proporciona uma inclusão social. “Quando a gente começa a estudar aqui, no Senac, trabalha com pessoas diferentes de vocês. É uma mistura de culturas e hábitos. O melhor de tudo é que as pessoas demonstraram responsabilidade”. João aponta que , como qualquer projeto, aconteceram alguns erros, mas foram superados. “Pude aprender como melhorar a vida das pessoas que tem dificuldades. Nosso projeto apresentou uma máquina que é adaptada para pessoas com deficiências visuais e auditivas, bem como, indivíduos com baixa estatura”, explica João.
Segundo comenta João Vitor Lira da Silva, aluno de Programa de Aprendizagem em Serviços Administrativos do Comercio, do Instituto Shopping Recife, as aulas têm sido muito produtivas. “Aprendemos a recepcionar e atender e percebemos que a prática é bem diferente do que é visto nas aulas. Partimos para recepcionar pessoas com algum tipo de deficiência e necessidades especiais e adaptar o ambiente a elas, bem como, obesos e lactantes. O projeto integrador é um momento em que todos aprender a lidar uns com os outros, a formular ideias, o que contribui para o campo profissional e a vida. Todo esse aprendizado que estamos adquirindo, muitas portas irão se abrir”, destaca João Vitor, que atualmente está atuando na Cadam.
