Nos dias 11 e 12 de maio, docentes e coordenadores pedagógicos do Senac Pernambuco participaram de uma formação on-line com o tema “Estratégias para inclusão de pessoas com Transtorno do Espectro Autista no contexto educacional do Senac Pernambuco”. Com 96 participantes, a oficina foi ministrada pela professora, psicopedagoga e especialista em Educação Especial e Gestão da Capacidade Humana Ana Cláudia Albuquerquee teve o objetivo de capacitar os educadores para a prática pedagógica inclusiva.
Segundo a supervisora Psicopedagógica do Senac Cássia Monteiro, “o docente desempenha a importante missão de mediar a aprendizagem e o Senac compreende que investir em formação para educadores, contribui para que os planejamentos e práticas pedagógicas tornem a aprendizagem cada vez mais significativa para os (as) aprendentes”. O evento tratou sobre marcos legais dos direitos do autista na educação, tecnologias assistivas, recursos pedagógicos entre outros, mas o destaque foi para a importância da afetividade que precisa, cada vez mais, ser praticada entre docentes e estudantes.
“Levando em consideração a importância do professor como agente ativo na formação do cidadão, a inclusão de estudantes nas escolas requer a superação de vários desafios, dentre os quais a preparação dos docentes, já que o processo de inclusão não se limita apenas à matrícula do aprendente”, destaca Cássia, comentando que os assuntos foram recebidos com muita satisfação pelos participantes.
Mãe de duas crianças autistas, a coordenadora do curso de Estética e Cosmética da Faculdade Senac Andressa Brito diz que estuda bastante o assunto e destaca que o evento foi excelente. “Quando assisto a qualquer palestra ou qualificação faço uma pesquisa sobre o profissional, pois tenho receio de ter visões ‘capacitistas’, o que me desagrada bastante. A oficina promoveu a vontade, em todos os participantes, de aprender mais”. Segundo ela, desmistificou muitos preconceitos e apresentou estratégias relativamente simples, mas de grande valia para facilitar o processo de ensino-aprendizagem desse público específico.
“Meu sentimento foi de felicidade a cada resposta e participação dos docentes. Saber que estamos no caminho certo, cada vez mais praticando a acessibilidade atitudinal e empatia para com os neurodiversos. Sem sombra de dúvidas, matricularia meus filhos na instituição que faço parte, sem medo de exclusão”, conclui.
A gerente da Unidade de Idiomas do Senac Recife Marcela Ângelo acredita que o workshop foi muito importante para os colaboradores, pois contribui para aprender a incluir, lidar e conduzir a aprendizagem. “A palestrante Ana foi muito feliz nos exemplos e na interação com os participantes. O tema deve ser debatido e compartilhado com todos os nossos instrutores e equipe”, acrescenta.
Para a coordenadora pedagógica do Senac Petrolina Flaviana Vital, os dois dias do evento elucidaram de forma prática e didática como conduzir o fazer profissional com alunos autistas. “As estratégias pontuadas nos workshops foram fundamentais para minha atuação como profissional, tanto na docência quanto na coordenação pedagógica, expondo prioritariamente o ensino de habilidades sociais no contexto educacional. Foram momentos ricos de aprendizagem! Gratidão ao Senac”.
