Espaço montado no Centro de Convenções é um dos atrativos do Congresso de Tecnologia na Educação
Nove alunos dos cursos de capacitação, aperfeiçoamento e graduação em Moda oferecidos pelo Senac em Caruaru estão com trabalhos em exposição e comercialização em uma loja colaborativa, a Colab, que foi montada no Centro de Convenções para ser mais um atrativo para os participantes do Congresso de Tecnologia na Educação que, pela primeira vez, é realizado no interior do Estado. Sob curadoria do coordenador dos cursos da área da instituição, Luiz Clério, os alunos mostram suas produções e como os ensinamentos em sala de aula os ajudaram a desenvolver aspectos empreendedores que têm contribuído para o sucesso de suas marcas.
Umas das expositoras é Ivana Galindo, aluna da graduação de Design de Moda que utiliza objetos que seriam descartados no lixo e os transforma em acessórios como colares, pulseiras e brincos. Por meio do trabalho, ela representou a Faculdade Senac no Dragão Fashion, maior evento de moda do Nordeste, realizado em Fortaleza, no Ceará. Sua marca, a IV Galindo, tem como característica principal a ressignificação de objetos: “Comecei a moldar as peças com brinquedos como ioiô de madeira e pedaços de peças de barro. Com isso, dei um olhar mais artístico e afetivo às minhas peças”, explica. Ivana ressalta a contribuição dos professores para que tivesse uma compreensão maior de empreendedorismo: “eu passei a entender melhor os processos de criação, fazendo meu trabalho algo mais maduro. Consegui ampliar meus olhares, a partir dos conceitos de ressignificação”.
Victor Santos, que também é aluno do curso de Design de Moda, compartilha da mesma opinião. Ele cria roupas com tecidos que chama de “não-convencionais”: “eu criava peças para uso próprio e busquei a Faculdade Senac para me aperfeiçoar. Passei a fazer pesquisas para incrementar meu trabalho. O resultado tem sido muito elogiado”, diz. As aulas têm sido, segundo ele, fundamentais para uma mudança de comportamento: “passei a ser mais empresário mesmo, a partir de conceitos de gestão, de precificação, de administração do tempo de produção e de logística das entregas. Os professores me ajudam a abrir a mente e isso tem me motivado ainda mais”, reforça.
Quitéria Nascimento, outra expositora, está para iniciar seu terceiro curso técnico no Senac. Fez o básico e o intermediário em Modelagem; agora se prepara para o de Styling e Produção de Moda. Ela conta que o que vem aprendendo em sala de aula tem transformado sua vida: “os professores, todos muito qualificados, nos fazem ter outra visão do processo de criação dos moldes e riscos do tecido para a confecção das roupas, o que nos ajuda a ter menos desperdício de material e peças com um design muito melhor. E dizer aos clientes que somos alunos do Senac dá uma credibilidade muito maior à nossa marca”, enfatiza.
Um dos grandes objetivos da loja colaborativa é poder fazer com que o aluno tenha acesso ao varejo, ao cliente, ao mercado, ou seja, tenha contato com a realidade de um empreendimento. É o que explica Luiz Clério: “é como inserir o aluno em um laboratório vivo para que ele possa experimentar, na prática, como é administrar um negócio, ter contato com as pessoas que têm gostos tão distintos, ter noções de visual merchandising em uma linguagem mais moderna de loja que é a colaborativa”. Ele conclui com o que considera ser um processo prazeroso para os professores: “os alunos precisam de técnicas para desenvolver suas marcas e o que aprendem em sala de aula lhes dão todas as ferramentas para que possam vivenciar todo o contexto do empreendedorismo”.