Palestra aborda o compliance e o combate à fraude corporativa

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    Compliance e o Combate à Fraude Corporativa no Mundo na Faculdade Senac

    Palestra aborda o compliance e o combate à fraude corporativa

    “Compliance e o Combate à Fraude Corporativa no Mundo”. Este foi o tema da palestra ministrada , ministrada por Suely Mello, compliance manager da Bosch Norte América, no auditório do novo prédio da Faculdade Senac Pernambuco, ontem (06/08).

    Mas, afinal, você sabe o que compliance? Suely resume em uma palavra: conformidade. Trata-se da função de monitorar e assegurar que todos os processos de uma empresa estejam de acordo com o código de conduta e as políticas da organização.

    Suely comparou casos de fraudes e riscos que ocorreram no Brasil e no mundo. O elevado nível de corrupção que anda acontecendo, tanto em empresas privadas, quanto nas esferas políticas e governamentais, e acaba por manchar a reputação e fragilizar a credibilidade. Como exemplo, ela citou o caso da Siemens, que ela comparou como sendo o “caso da Odebrecht alemã”, que levou dez anos para se recuperar, após a justiça alemã descobrir, em 2005, que a mesma possuía uma rede internacional de distribuição de subornos, incluindo o Brasil. “É de suma importância que as empresas comecem a pensar em formar gestores e funcionários para atuar com compliance, o que evitaria muito prejuízo. Entretanto, é preciso que estas pessoas tenham ética, que venha de berço, que tenham sido educadas para trabalhar em conformidade com as regras e leis”.

    Suely citou ainda casos dignos de uma estratégia de compliance, a exemplo da tragédia de Brumadinho, a lava-jato, a 1MDB Malásia e tantos outros casos, em várias partes do mundo, que atingem empresas e setores de todos os portes e segmentos. “Se o funcionário de empresa contrata os serviços de uma organização terceirizada que tem a esposa, um amigo ou parente, já está quebrando a ética. Bem como utilizar o cartão de crédito corporativo para fazer compras pessoais. Tudo isso faz a empresa ter prejuízos, e deve ter um processo investigativo que possa ser comprovado que houve erros, fraudes”.

    Ao ser questionada se, para trabalhar com compliance, é preciso ser advogado, ela responde que não: “Geralmente o mais indicado são pessoas que entendem e sabem identificar todos os processos do negócio, de preferência alguém com caráter e que já tenha passado por várias áreas da empresa”. Ela completa que compliance não é só fraude, mas também pode identificar erros, negligência, e que o termo pode ser encarado como uma espécie de auditoria.

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