Educação empreendedora para pessoas maduras. Esse foi o tema da palestra ministrada pelo professor da UFPE e fundador do projeto Experiência Empreende, Marcos André Primo, que aconteceu ontem (04/06), no Salão de Eventos da Faculdade Senac.
Ele explicou que, com a estimativa do aumento da população idosa, de 8%, em 2015, para 23%, em 2050, as pessoas precisam começar a pensar de outra forma para o futuro, pois a parcela economicamente ativa diminuirá bastante. Segundo Marcos, o senso popular nos faz acreditar que empreendedorismo é coisa para jovem, mas não é. “Pesquisas mostram que o empreendedor maduro brasileiro é diferente de outros lugares, e que a média e idade dos fundadores de startups brasileiros é de 40 anos, e naquelas de maior impacto, essa idade média chega a 45 anos.
Marcos explica que entre as vantagens do empreendedorismo maduro estão a experiência de vida, o capital social, emocional e financeiro. “Empreender não é só montar um negócio, você pode empreender para a vida, realizando sonhos, montando uma peça de teatro, por exemplo. Afinal, muitos sonhos são postergados ao longo da vida e só conseguimos realizar quando os filhos já cresceram, estão independentes ou nos aposentamos”, destaca.
É preciso trabalhar as dificuldades das pessoas maduras para empreender. Para minimizar as dificuldades. O consultor explica que muitas possuem ideias formadas e uma certa dificuldade de mudar sua maneira de pensar. “O grande desafio destas pessoas é desaprender para aprender coisas novas. Além de perder o medo da rejeição e de perder dinheiro”.
Entre os empreendimentos de pessoas maduras, palestrante cita o número de mochileiros maduros. “Houve um aumento no número de intercâmbios nesta faixa etária. Elas querem conhecer o mundo”.
Com relação ao assunto, a aluna do curso de Gastronomia, Teresa Zirpoli, não conhecia muito sobre a temática. “Achei uma boa reflexão, pois é uma tendência de mercado bem atual e promissora”, comenta. Já o estudante do curso de Administração, Erick Douglas, gostou muito da palestra, pois lhe deu um incentivo para pensar no futuro. “A explanação foi um pontapé inicial, um estímulo para pensar em novas oportunidades lá na frente, não só como de forma profissional, mas também no empreendedorismo familiar”.