O segundo dia (21) de apresentação oral de trabalhos no Espaço do Conhecimento, voltado para o compartilhamento de experiências pedagógicas no ambiente escolar, foi marcado por trabalhos que exploraram questões que podem facilitar e restringir o processo de ensino-aprendizagem dos alunos.
Do Grupo de Comportamentos de Transtornos Alimentícios (CNPq/UFPE), João Paiva e Rosana Ximenes retrataram como os fatores associados ao bruxismo em estudantes do ensino médio se tornam um obstáculo dentro da sala de aula. Segundo os dados levantados com um total de 240 adolescentes de uma escola estadual no Recife, cerca de 38,1% registram dores de ouvido e cabeça, zumbido, e 15% sintomas depressivos graves.
“Além disso, a doença amplia a possibilidade de desenvolvimento de estresse e ansiedade, comprometendo a qualidade de vida do estudante, logo, o seu rendimento escolar”, pontou João Paiva, graduando em Medicina da Universidade Federal de Alagoas.
Objetos Virtuais de Aprendizagem (OVA)
De Cajazeiras (PB), o professor Éverton Vieira expôs como os Objetos Virtuais de Aprendizagem (OVAS) de soluções químicas tornam o aprendizado mais efetivo e prazeroso. Segundo ele, cada vez mais a educação se volta para o aprendizado funcional, ou seja, em como o que se aprende pode ser utilizado no cotidiano e não só em processos de avaliação. “Diante disso, 95,54% dos alunos pesquisados assinalaram positivamente a recursos de vídeo para aulas de soluções químicas, sob a justificativa de que melhora a assimilação do conteúdo”, concluiu o professor da Universidade Federal de Campina Grande.
Da mesma instituição, a professora de Libras Adriana Moreira analisou o rendimento dos OVA´s no ensino da Língua Brasileira de Sinais. “É importante perceber como os ditos vilões da sala de aula, como redes sociais e jogos, podem se tornar aliados nesse processo. Mas não é apenas o recurso, mas os conteúdos ligados a ele. Observamos que o que está disponível hoje auxilia, mas ainda foge às padronizações, criando variações linguísticas”, concluiu.